A capa do gibi chama bastante atenção: Maurício de Sousa teria tido coragem suficiente para tocar no tema “a morte de Neymar”?
Quem seria o grande vilão responsável por tão fatídico desenlace? Os jogadores alemães? A depressão pós-7×1? A depressão pós-Bruna Marquezine? Ou teria sido mais uma vez culpa do Zúñiga?
Até a irmã do Neymar ficou preocupada.

Mas tudo não passou de mais uma comédia estilo “troca de papéis”. Com a melhor das intenções, Neymar assume o papel de anjo para deixar o verdadeiro curtir uma tarde de ousadia e alegria.

Os criadores do gibi chegam a tocar na delicada questão do sexo dos anjos – mais um tema atual e relevante em uma sociedade que agora avança na discussão sobre a questão transgênero.
E a conclusão que a obra chega é pertinente: deixa o anjo ser menino se ele quiser, mesmo que por uma tarde. Melhor ainda se for na aba do bem relacionado Neymar.

Quem diria que o gibi do Neymar JR faz pensar enquanto diverte. Quer dizer, quem diria que o gibi do Neymar diverte, pra começo de conversa. Bom gibi.
Mas o que realmente me intriga na versão em quadrinhos do último herói nacional é a incômoda onipresença do Neymar Pai.

O espaço que esse cara ocupa na vida do filho é formidável. Primeiro tem essa onda de obrigar o moleque a ser conhecido publicamente como “júnior”, como se precisasse.
E ser um coadjuvante no gibi do filho não é o suficiente – Neymarzão precisa estampar os passatempos e dar lições de moral pitorescas nas mais variadas histórias.
Fico feliz com o prestígio do Avaí no gibi, de qualquer forma.
Cotação: duas eliminações pelo Paraguai, de duas possíveis
SERVIÇO
Essa e outras historinhas divertidas estão presentes no gibi Neymar Jr nº2, publicado em junho de 2015.
A Panini Comics reiniciou a contagem de todas as revistas produzidas pelo estúdio do Maurício de Sousa depois que atingiram o número 100 em abril.
As outras versões de craques em quadrinhos que eram publicadas até então, Pelézinho e Ronaldinho Gaúcho, foram canceladas.