A história que abre a edição de junho do gibi “Turma da Mônica” é o maior barato.

Tudo começa quando certa manhã Seu Juca acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em um caixão metamorfoseado num vampiro.

Esse é um dos personagens mais legais do universo do Maurício de Sousa. Ele tem a função muito bem definida de ser sempre esculachado por Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali.

É um rip-off simpático e agradável do chefe do Inspetor Closeau nos filmes da Pantera Cor de Rosa. As nossas crianças merecem consumir esse tipo de conteúdo.

A solução do grande mistério sobre como Seu Juca virou um vampiro é digna dos melhores romances de Agatha Christie. Uma reviravolta e tanto. Vale prestigiar.

A edição fecha com uma outra excelente história, dessa vez de cunho político e social, extremamente relevante para os tempos de textões no Facebook e pedidos de impeachment.

A liderança do Cebolinha no clubinho dos meninos passa a ser questionada por Xaveco, que aparece como porta-voz dos descontentes.

Estão todos cansados de apanhar por causa da agenda política proposta por Cebolinha – que é basicamente fazer planos infalíveis contra a ameaça vermelha (Mônica).

Eis que Xaveco acaba conseguindo tomar o poder. Mas é apresentado às dores e delícias de ter o que deseja.

As reflexões propostas são interessantes. São duas:

– Pior que tá, tem como ficar?
– Cuidado como o que desejas.

São mensagens interessantes para que o futuro do Brasil coloque a mão na consciência. Estaria Kim Kataguiri lendo esse gibi? Espero que sim.

Cotação: quatro coelhadas de cinco possíveis

SERVIÇO

As esplendorosas histórias aqui descritas estão disponíveis no gibi da Turma da Mônica de nº2, publicado em junho de 2015.

Todas as revistas do Maurício de Sousa foram reiniciadas pela Panini Comics depois da centésima edição.