O Brasil está em chamas. A semana que antecede a votação do impeachment na Câmera ganha contornos cada vez mais lisérgicos.
Um dos grandes reforços da aliança que pretende derrubar o governo Dilma tem sido chamado pela imprensa de Fofão Genérico. O pitoresco personagem dos anos 80, agora em uma releitura distópica, deve estar entre os protagonistas de um controverso ápice na neurótica narrativa política nacional.

Pode parecer bravata de pós-adolescente querendo chamar atenção. Mas a verdade é que essa não é sequer a primeira vez na história do mundo que alguma peculiar figura da década perdida consegue revolucionar a situação de um país.
Fui surpreendido pelo excelente documentário Chuck Norris VS Communism no Netflix. O filme narra com riqueza de detalhes a influência que o tráfico ilegal de fitas VHS teve para ajudar a abrir o país depois de grande luta contra uma ditadura com mão de ferro.
E tudo por inspiração dos atos heroicos de Stallone, Schwarzenegger, Van Damme e outros sujeitos musculosos com sobrenomes europeus a serviço da América. Além de uma senhorita muito empenhada que dublava simplesmente todos os personagens de todos os filmes que eram lançados ilegalmente no país naquele período.
De bônus, a inevitável conclusão de que provavelmente escolheram o Chuck Norris para colocar no título porque o celebrado meme envolvendo o ator deve ter chegado só ano passado em Bucareste.
Cotação: 5 continuações de Braddock, de 5 possíveis
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