A estreia do quadro Truque VIP do Domingão do Faustão colocou doses pouco recomendáveis de crack no começo de noite da família brasileira neste Dia das Mães.
O sucesso da Dança dos Famosos tem motivado toda sorte de variações sobre o mesmo tema no programa: globais fazendo coisas para as quais não foram talhados. Desde treinar cachorros até cheirar sovacos, tudo parece com entretenimento se tivermos nossas celebridades favoritas expondo suas fraquezas nas tardes de domingo.

Truque VIP coloca 4 artistas de variado calibre para desempenhar mágicas no palco do Faustão durante 1 mês. Os participantes dessa temporada são Maitê Proença, Rafael Vitti, Ludmilla e Bruno Garcia. Talvez você conheça mais nomes do elenco do Audax.
Tudo passa pelo crivo de uma bancada fixa de jurados cuja escalação foi ainda mais pertinente: Deborah Secco, Marcelo Serrado e o surreal Moisés Lima – um integrante da banda Família Lima que também é mágico nas horas vagas e cumpre o papel de júri técnico.
O quadro completo está disponível no GShow. A seguir, uma breve análise sobre cada atuação.
Depois que todos descobriram o truque pra lá de VIP para a bunda de Maitê Proença na minissérie Liberdade, Liberdade, o cavalo que ela abduziu ao palco durante sua apresentação pareceu menos cativante.
Já Rafael Vitti, ex-astro da Malhação, teve seu número com baralho desnudado como a retaguarda de Maitê: a transmissão em HD revelou ao Brasil e outros 100 países via Globo Internacional que havia um papelão no que parecia ser um inocente jornal.
Ludmila exibiu diversos motivos para ter retirado a alcunha de MC, pois não chega a ser uma boa mestre de cerimônias. Ousou dizer que Minas Gerais era uma cidade e ainda chamou Marcelo Serrado de Moisés – abrindo assim um Mar Vermelho de constrangimento.
Para encerrar, Bruno Garcia escapou ileso de uma caixa cheia de cadeados dentro de uma piscina. E por ileso quero dizer irremediavelmente canastrão. Como nota positiva, a participação sempre gloriosa da bailarina Ana Paula Guedes.

O trio de jurados também fez bonito.
Marcelo Serrado queria uma magia para fazer os políticos brasileiros desaparecerem, com o Faustão colocando como empecilho o fato de precisarem de um estúdio maior.
Deborah Secco demonstrou um fascínio tão verdadeiro sobre os truques mequetrefes que chegou a me lembrar a Kimmy Schmidt da Netflix – uma moça que volta ao convívio com a sociedade depois de passar 15 anos presa num bunker.
E o Moisés Lima foi certamente o grande destaque do programa, ao tratar performances lamentáveis com o mesmo tom otimista que Eliane Cantanhêde projeta no Eventual Governo Temer.

Continuarei acompanhando.
Cotação: meio tigre branco de Las Vegas, de dois possíveis
Voltamos a qualquer momento com mais informações.
Como eu sou da “Cidade de Minas Gerais” foquei no que interessava: O decote dela, hahaha. A produção do Fausto há muito deixa a desejar, escolhendo pessoas sem tempo para ser treinado.