O quadro ‘Ding Dong’, atração musical do Domingão do Faustão, começou como uma versão pouco inspirada do antigo ‘Qual é a música’ do Sílvio Santos: dois grupos de globais precisam adivinhar a música ouvindo apenas algumas notas.
Tudo ganhou novo sabor quando as bandas covers que se apresentavam foram substituídas pelos próprios artistas, quase em sua totalidade caídos em desgraça, entoando os sucessos de carnavais passados. É quando a gente percebe que a beleza da vida está mesmo nos detalhes.
A rigor, o quadro continua sendo a mesma versão pouco inspirada do antigo ‘Qual é a música’ do Sílvio Santos – mas que coisa maravilhosa poder rever os astros de outrora no domingo a tarde da Rede Globo.
O respeito com que Faustão trata os participantes é mais uma demonstração da imensa generosidade do apresentador. Na última vez que Maurício Manieri tinha sido confrontado com tanta dignidade, provavelmente ‘A Fazenda’ sequer havia estreado.
O sucesso do quadro já está gerando reações de outras emissoras. O SBT, que é a casa do ‘Qual é a música’, preferiu lançar uma versão própria do ‘Ding Dong’ no Sabadão com Celso Portiolli. E nos brindou com Leandro Lehart encontrando pela primeira vez com os integrantes da Carreta Furacão no palco.
Só podemos agradecer ao Faustão por mais essa. Trazer os eventos mais simpáticos e agradáveis da nossa memória afetiva de volta funciona como antídoto para outras lembranças vívidas como a inflação, o arrocho salarial e a ausência de mulheres no ministério.