O verão terminou mais cedo para os leitores da revista VIP. Depois de anos exibindo mulheres famosas em trajes sumários, as capas agora trazem executivos engravatados.
A mudança pretende mexer com os brios dos últimos manés que ainda gastam dinheiro com revistas: os anunciantes.

Usando o xaveco de que fala com determinada classe social plenamente capaz de investir em relógios perigosos demais para a cidade grande, bermudas que custam mais do que heranças inteiras e outros mimos para quem ficou sabendo da crise quando passou sem querer pelo quartinho da empregada, a VIP tratou de se reposicionar como uma GQ que vem com um papel mais vagabundo.
As melhores intenções da publicação caem por terra quando sua verdadeira audiência dá as caras nos comentários a respeito da novidade.




O mais curioso disso tudo é que as celebridades com pouca roupa continuam no projeto editorial. A edição de março trouxe Mônica Iozzi em um raro ensaio sensual – mas teve quem achasse mais chamativo o semblante cansado de Abílio Diniz.
Posso dizer que li a reportagem e não há ensinamento ali que possa ajudar os solitários leitores da VIP.
Sobre o ensaio de Mônica Iozzi
Não foram as fotos da atriz que bagunçaram a cabeça dos leitores, mas uma simples palavrinha. Mônica Iozzi declarou para a revista:
“Quando pintou o convite da VIP, conversei com uma amiga, e ela me encorajou. Por que não? Tem o lado do empoderamento feminino, de querer e poder ser sexy”
Vai falar de empoderamento pra galera que recebe a VIP com desconto por causa da Veja!



Pelo menos alguns entusiastas da revista mantiveram a cabeça no lugar:


Você é meu convidado para navegar pelo Facebook da VIP em busca de edificantes feedbacks nos comentários sobre a edição de março. Quanto a mim, garanto que volto antes do mês que vem com novas informações sobre o delicado momento do mercado editorial.
rs,, você poderia escrever sobre os comentários feitos no seu último texto para o UOL “Como Thiaguinho e o Brasil perderam o rumo do sucesso…”
leitores só do título, abilolados que não compreendem coisa alguma: um verdadeiro zoológico rsrs
A questão da arte não é a nudez.
Todos gostamos da arte cujo tema é nudez.
Nós seres-humanos apreciamos milenariamente a arte de nudez clássica
Seja foto
Pintura de Renoir
Filme
Desenho
HQ de Milo Manara
Arte grega
Pintura clássica do Renascimento
Performance
Peça de teatro
A esquerdalha — Kitsch, baranga, petista, psolista, cafona, de mau gosto, bregona, e jornalistas-supostos-moderninhos querem desviar de assunto e dizer, afirmar Q estamos contra a nudez: Não. Isso é para nos tachar e, também, tachar o brilhante e avançado MBL. O corpo nu é belo, como pôr-do-sol
1
O problema é a picaretagem. O engana-trouxa. O lixo de certa suposta pseudoarte contemporânea, qdo é de real mau gosto. Pornografia em vez de arte: consumo de lixo. E é disso que se trata quem se posicionou contra aqueles 2 lixaços: parte da exposição de P. Alegre & em bloco a do MAM
2
A outra questão é usar meu imposto para financiar picaretagem, embuste, vigarice mesmo com a normativa do MAM (mesmo sendo um espaço de AUTORIDADE artística e acadêmico).
É como pichação: nunca foi arte. É puro engana-trouxa, diferente do graffiti.
E o MBL é pragmático, empírico, vai pra rua.
Não me conformo com a declaração da veja ser uma caras esquerdista hahaha