A pior criança prodígio da TV brasileira

Um dos maiores problemas da dramaturgia nacional é a insistência em dar falas para atores mirins. Isso sempre acaba desencadeando uma sucessão de infelicidades, tanto para o pobre telespectador que precisa lidar com um constrangimento que não estava no contrato, quanto com os familiares dos jovens talentos que acabam sendo obrigados a fazer uma intervenção anos depois.

Como o compromisso desta coluna é com os fatos, relembro a criança que bem que poderia ter ficado em casa estudando para a prova de ciências em vez de bater ponto em testes para comerciais: Wagner Santisteban.

Divido a seguir algumas pepitas audiovisuais que certamente farão o amigo leitor concordar com este que vos fala.

Esse comercial da Mirabel é a origem do personagem Boça do Hermes e Renato. Tente não lamentar os tristes segundos que compõem “Boça Begins”.

Você acha que já viu Dercy Gonçalves descontrolada? Esse moleque mexeu com os brios da matriarca dos palavrões na televisão brasileira.

Se o Japão teve aquele episódio de Pokémon que causava ataques de epilepsia em pacientes em tratamento, o Brasil pode se orgulhar de ter um comercial que fazia com que pessoas terrivelmente saudáveis viessem a desenvolver traços irreversíveis da doença.

Talvez o trabalho mais icônico sobre papel higiênico já realizado pela publicidade nacional. Só poderia ser protagonizado pelo nosso enfant terrible.

Quer reconhecer a criança mais desagradável do recinto? Fácil: ela é sempre aquela que está tentando convencer você a consumir mais maçã.

Feliz dia das crianças para todo mundo que não for o Wagner Santisteban.

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2 comentários sobre “A pior criança prodígio da TV brasileira

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